quarta-feira, maio 30, 2007

NARITA #89 - 25.07.2007

No último voo do mês de Maio, partimos de NARITA com um destino extremamente visual. Durante uma hora, apelámos aos ouvidos e às retinas dos nossos passageiros e viajámos ao maravilhoso muindo das cores.
Partida do terminal 107.9. Aeroporto Internacional de Tóquio: Narita.

A cor é um fenómeno óptico percepcionado pela maioria dos seres vivos por órgãos de visão que detectam feixes de fotões reflectidos pelos materiais. No caso humano, células especializadas da retina transmitem esta informação ao sistema nervoso que a traduz em cor. A impressão de cor pelas indústrias gráficas utiliza diferentes sistemas, nem todos com a mesma resolução. Para iniciar o Narita desta semana, e para nos guiar nas coordenadas de vôo, escolhemos um sistema de cores que funciona com quatro pigmentos: ciano, magenta, amarelo e preto, o mesmo que dizer CMYK, ou com as letras baralhadas, os YMCK.

01. YMCK – Yellow, Magenta, Cyan and Black (YMCK Theme)
02. Pop Chocolat – Sky Blue
03. The Big Hip – Blueberry Jam Icecream

Também chamado de verde-água ou azul-piscina, o ciano é um dos pigmentos primários. Usualmente associado ao azul, a cor ciano resulta, no entanto, da mistura de luz azul com luz verde. Os tons cerúleos do mar ou do nosso planeta visto do espaço reflectem no espectro visível entre 455 e 492 nanómetros de comprimento de onda – o azul japonês (aoi) conduziu o voo de Narita nas cooordenadas CMYK: 100, 100, 0, 0.

04. Gentouki – Aoi Kuruma
05. Ao – Aoi Ao
06. RUNT STAR – New Blue Moon
07. Shena Ringo – Yer Blues

Depois de uma viagem entre o céu e o mar, rodámos o círculo cromático para novas coordenadas. Desta vez, misturámos amarelo e magenta – o resultado foi a cor do sangue, dos morangos e das cerejas. Seja escarlate, encarnado, vermelho ou, em japonês, akai, esta cor fica no limite das que o olho humano consegue distinguir. Estabelecemos rota de voo para o vermelho - coordenadas CMYK: 0, 100, 100, 0.

08. ACO – Aco Akai Shisyuu
09. Pine*AM – Red Car
10. Mayumi Kojima - Akai Boushi

Se misturarmos pigmentos amarelos e cianos, a cor que obtemos pode ir do cáqui ao lima, musgo, oliva ou esmeralda entre outros tons de verde, dependendo da proporção da mistura dos pigmentos. Aproximadamente nos 550 nanómetros de comprimento de onda, o verde é muitas vezes associado aos movimentos ambientalistas e de protecção do meio-ambiente, talvez por ser a cor dominante das folhas, de grande parte das plantas e até de alguns animais. E se, num semáforo, o verde nos manda avançar, no Narita avançámos em tons “midori” nas coordenadas CMYK: 100, 0, 100, 0.

11. MacDonald Duck Eclair – Ever Green
13. Takeshi Terauchi and The Blue Jeans - Black Sand Beach (Burakku Sando Biichi)

Saímos das trevas e da cor negra, ou, em japonês, “kuroi”, para regressarmos à casa partida. A viagem colorida de Narita terminou, mas para a semana voltamos a viajar! Até lá, nós por cá e por lá, no Japão, despedimo-nos pegando na paleta nipónica e pintando uma tela final em várias cores com os The Pillows.

14. The Pillows - Shiroi Natsu to Midori na Jitensha, Akai Kami to Kuroi Gitaa
15. Cosa Nostra – Chocolate Brown (Bonus Track)

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